quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Macau - 1ª parte

Durante a estadia da Quinta do Bill por terras do Oriente a banda deu também uma entrevista à Radio Macau. Fomos avisados por alguns Amigos (Ana Sereno, Smas e PubEd) mas devido ao fuso horário não foi possível ouvir a entrevista em directo em Portugal. Contudo esta entrevista foi disponibilizada via net pela Radio Macau, à qual deixamos desde já o nosso obrigado:



Para ouvir a entrevista completa: entrevista na radio macau.mp3 - Quinta do Bill

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

De partida para Macau

Jardins em Taipa, Macau
Moisés, Bizarro, Cató, Miguel, Jorge, Dalila e técnicos com certeza já têm as malas feitas!!!
A partida é amanhã para a Ilha de Taipa em Macau, onde vão actuar dia 24 no Festival da Lusifonia.
Os AMIGOS DA QUINTA ficam a aguardar fotografias da viagem e do concerto descritos na 1ª pessoa!
BOA VIAGEM!!!!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

"Menino"

Fiquem com o video de um momento raro que ocorreu no Cine-Teatro Paraíso em Tomar, no passado dia 10 de Outubro no concerto de solidariedade "Dar Voz aos que mais precisam"!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Outonos da Vida em Tomar

Podia ser apenas mais um dia de Outono… mas não! Era um dia especial… um dia de solidariedade! A festa estava programada para as 21h00m mas havia festa na Catedral e os olhos e ouvidos estavam postos no jogo de Portugal… Intervalo no futebol, vamos à festa em Tomar! As luzes apagam-se e ouvem-se ao longe vozes a cantar… começou o espectáculo. Das seis actuações previstas, foi o Coro Misto do Canto Firme de Tomar a dar o pontapé de saída. Mas para muitos, as surpresas ainda estavam para começar…
Chegaram os Filarmónica Fraude mas ninguém se sentiu defraudado, às músicas de há 40 anos juntaram-se dois temas recentes para demonstrar que a música não tem idade e a solidariedade também não.

Dyonysyo.com são um projecto do Entroncamento, que arriscou no mundo da música, com o compromisso de disponibilizar grátis, para download, uma música por mês, durante todo o ano de 2008. Adorei a “Rua da Chuva”. “Fim da Linha” foi a última das canções divulgadas e tornou-se também no Hino da Associação Outonos da Vida. Está para breve o lançamento do CD “Cópia Legal"!

Depois do intervalo mais uma surpresa, pelo menos para quem ainda não conhecia os Hyubris. Eles, vestidos de preto e farta cabeleira, começam a tocar. Ela entra, canta e encanta. Com uns pulmões poderosos e os agudos mais agudos que alguma vez ouvi, os Hyubris demonstraram que se faz muito boa música em Portugal. Até parecia fácil cantar assim!

Mas em celebração dos Outonos da Vida, num 10 de Outubro que mais parecia Verão, a banda que se seguiu lembrava a Primavera. Os muito jovens Ginkgo Biloba vieram de Lisboa mostrar o seu rock e trouxeram também uma ruidosa claque que aplaudia energeticamente todos os artistas da noite. A noite era de solidariedade e foram feitos os agradecimentos, vieram os depoimentos e foi dado a conhecer o trabalho desenvolvido pelos voluntários da Outonos da Vida.
Mas o ponto alto da noite acabou por chegar… e mais pessoas também. E ao fim de horas de espera desenganem-se aqueles que pensavam que o público estava cansado! A jogar em casa, a melhor banda nacional, brindo-nos com “Um Mundo para Ti”. O público cantou, os braços agitavam-se no ar… porque será que é tão difícil ouvir Quinta do Bill sentado? Seguiu-se Senhora Maria do Olival e o público rendia-se à música. As palmas substituíam o bombo e já se dançava nas cadeiras. As vozes ecoaram com o “Se te amo”. Quando o Moisés pediu pra se levantarem ninguém hesitou, e o Cine-Teatro Paraíso delirou ao som de “Voa (voa)”. Será que houve alguém que não tivesse cantado? Duvido!!!! Uma plateia diferente do normal nos espectáculos da Quinta, demonstrou que a idade não pesa e que todos se sentem leves e vibram ao som da boa música portuguesa. Tomar voou!
Mas algo único estava para acontecer… O encontro de gerações, a partilha e a humildade reuniram-se no palco que parecia pequeno para tanta música. A Quinta chamou a Filarmónica Fraude e, num momento único, surpreenderam todos aqueles que permaneciam em pé à espera da continuação do espectáculo. As vozes cantaram em uníssono o “Menino” numa simbiose de versões que agradou a todos.
A causa era nobre e todos deram o seu melhor! A noite foi de solidariedade, Portugal ganhou e até a Dinamarca foi amiga…
Portugal merece conhecer a boa música que se faz… Uma grande noite que ainda assim soube a pouco. Dizia a letra de “Fim da Linha” que “pior do que o esquecimento é não ter o que lembrar” mas este foi um espectáculo que ficou certamente na memória de todos.

Texto de Mara Simões; Fotos de Rute Antunes

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

"Dar Voz aos que mais precisam"


Este sábado, dia 10 de Outubro, o Cine-Teatro Paraíso será palco do Concerto de Solidariedade "Dar voz aos que mais precisam", evento organizado pela “Outonos da Vida”, Associação para os Cuidados Paliativos e Dor Crónica do Médio Tejo, pelo Dia Mundial dos uidados Paliativos.
O espectáculo, que arranca às 21h00, contará com as actuações dos seguintes artistas:
Filarmónica Fraude
Quinta do Bill
Hyubris
Dyonysyo
Ginkgo Biloba
Coro Misto da Canto Firme de Tomar
O Dia Mundial de Cuidados Paliativos é promovido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e tem como objectivo a acção unificada para celebrar e dar suporte aos cuidados paliativos ao redor do mundo.
É uma oportunidade de:
• Despertar a necessidade de atenção no assunto para governantes e público;
• Melhorar o acesso aos cuidados paliativos e à medicação específica;
• Angariar fundos para os serviços e cuidados paliativos na nossa região. Infelizmente, os cuidados paliativos são ainda uma área relativamente pouco valorizada da medicina, inacessível para a maior parte dos doentes.
Uma das maiores barreiras ao desenvolvimento dos cuidados paliativos é a falta de conhecimento acerca do seu significado e da sua extrema importância para as pessoas com doenças incuráveis, assim como para os seus familiares e cuidadores. Para que esta barreira do desconhecimento seja ultrapassada, este ano o nosso mote é ”Dar Voz aos que necessitam” - é tempo de serem ouvidas as vozes das muitas pessoas afectadas por doenças terminais – independente da sua idade, localização, raça, género ou doença.Estes concertos de solidariedade irão realizar-se em mais de 75 países, como uma onda mexicana, começando na Nova Zelândia e terminando nos Estados da Unidos da América.
Os bilhetes custam 10€ e estão à venda na Loja de Cultura do Cine-Teatro Paraíso, sendo que o valor dos bilhetes revertem na totalidade para a Associação “Outonos da Vida”.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Quinta do Bill é a banda portuguesa do Festival da Lusofonia

A antecipar a ida da banda a Macau, foi publicado na última edição de Setembro do Ponto Final uma entrevista de Luciana Leitão a Carlos Moisés.


Começaram a ensaiar na quinta do Guilherme (Bill, em inglês) perto de Tomar e, mais de 20 anos depois, vão estar em Macau para actuar no Festival da Lusofonia. Com concerto agendado para 24 de Outubro, o vocalista dos Quinta do Bill, Carlos Moisés, fala ao PONTO FINAL sobre as músicas do novo álbum que se ouvirão pela primeira vez no território e desmente os rumores de que a sua banda possa estar a atravessar uma crise.

- Como é que tudo começou?
Carlos Moisés – Conhecemo-nos na escola da música. Estávamos a aprender jazz e foi aí que conheci o Paulo Bizarro – que ainda faz parte da banda – e o Rui Dias. Tinha umas canções e era altura de convidar uns amigos para ver se dava alguma coisa. Através de uma formação um bocadinho mais clássica, trabalhámos aquelas ideias. Andámos muito tempo na clandestinidade, com muita paixão, mas fomos durante muito tempo completamente desconhecidos.
- Tiveram mais exposição depois do concurso Aqui del’Rock…
C.M. – Sim, o primeiro prémio garantia a gravação de um disco. Aparece então o ‘Sem Rumo’, que passou relativamente despercebido. Mas só, posteriormente, em 1994, quando assinámos com a Polygram e lançámos o ‘Filhos da Nação’ é que a coisa estourou. Foi um êxito enorme.
- Na década de 90, foi-se notando uma mudança no som dos Quinta do Bill, ocorrendo uma aproximação ao folk e à música tradicional. É esse o som que mais vos define?
C.M. – No início era pop com alguma influência de jazz. Anteriormente, já tinha passado por um projecto de música tradicional portuguesa. De certa forma senti necessidade de apostar nessas influências e raízes. Gradualmente tornámo-nos um grupo de pop e soul, misturado com aquela linha tradicional.
- Quando se fala nos Quinta do Bill, é impossível não pensar em ‘Os Filhos da Nação’. Não teme ficar sempre associado a essa canção?
C.M. – Depois destes anos e de tantas tournées, é engraçado porque começa a ser uma canção transversal. Já vai na terceira geração. Começou com os mais novos que, entretanto, já tiveram filhos. E constatamos isso nos concertos. Por mais que a toquemos, é impressionante porque o público vibra de uma maneira muito forte. É uma canção que continua no imaginário de toda a gente, mesmo depois de ter sido utilizada como hino de um clube de futebol [o Futebol Clube do Porto]. Tivemos receio de que podíamos sair lesados dessa associação, mas tocamos a canção original e as pessoas continuam a vibrar. Não sentimos que a canção esteja gasta
.- Em 1996, o grupo assume a gerência dos seus concertos. Foi, de alguma forma, reflexo de um descontentamento com agências?
C.M. – Sentimos que havia coisas que podiam ser feitas e não eram, porque as agências tinham muitos projectos e não dedicavam o tempo necessário. Sentimos que tínhamos potencial. Neste momento, voltámos à agência onde começámos por variadas razões, mas estivemos, durante uma série de anos, a gerir o nosso destino.
- Estar dependente de uma agência pode atrofiar um músico em Portugal?
C.M. – O problema de se ser músico em Portugal não passa tanto por aí, passa mais por um problema de fundo, quase genético. Os portugueses sempre tiveram muita necessidade de fugir e descobrir novos destinos. Ao mesmo tempo foram perdendo uma certa auto-estima e isso nota-se no dia-a-dia. Os agentes e quem trabalha no mundo do espectáculo têm um fascínio por tudo o que vem de fora de Portugal. Muitas vezes, isso faz com que, em termos de organização e impulso, as coisas não aconteçam porque não se acredita a fundo. O músico acha que não é suficientemente reconhecido pelo seu trabalho e é confrontado com cachets que são completamente ridículos. Isso continua a ser um problema em Portugal e reflecte-se nos próprios média. Em Portugal, é quase caridade apostar no produto nacional.
- Ao longo destes 22 anos de actuação dos Quinta do Bill, conseguiu dedicar-se exclusivamente à música ou teve de manter outra ocupação para sobreviver?
C.M. – Dava aulas de música mas a partir do momento em que percebi que aquilo podia ser profissional – com o êxito dos ‘Filhos da Nação’ – enveredei por esta carreira até hoje. Provavelmente, porque tudo isto é um pouco efémero, voltarei a dar aulas, mas por enquanto ainda vou conseguindo sobreviver nesta profissão. Os outros elementos da banda vão tendo profissões paralelas. O baixista tem uma loja de roupa, o acordeonista tem uma livraria, o baterista e a violinista dão aulas.
- Vieram a integrar os Corvos cuja sonoridade nada tem a ver com a dos Quinta do Bill. Como surge essa relação?
C.M. – Quando o projecto Corvos apareceu, já nos conhecíamos. Eram músicos que regularmente trabalhavam connosco nas gravações dos discos e nos espectáculos. O nosso violinista integrava esse projecto e, durante muito tempo, tivemos uma relação de partilha, mas são dois projectos separados. Surge talvez da minha grande relação com a música clássica e, desde os ‘Filhos da Nação’, que há uma série de canções já com cordas. De certa forma tenho algum prazer em fazer arranjos para cordas e, entre uma canção ou outra, acaba por ser transversal a todos os discos. Tem a ver com o meu gosto por violinos, violoncelos e contrabaixos.
- Fazendo um balanço da formação musical, quais foram os momentos mais marcantes?
C.M. – Costumo dizer que os espectáculos, mesmo os mais pequenos, podem ser únicos. Podem salientar-se por uma causa ou por uma dada plateia. No primeiro caso, saliento o concerto pelo Kosovo, em Lisboa, por ter mobilizado muita gente. Depois, no que toca à plateia, destacaria a primeira parte do Bryan Adams e todas as vezes que vamos às semanas académicas de Coimbra. E depois há aqueles pequenos concertos por alguém que conhecemos ou por ter uma organização particularmente interessante. Quase dava para escrever um livro.
- O último álbum remonta a 2006 e têm andado meio desaparecidos do panorama musical português. Pode dizer-se que os Quinta do Bill vivem um momento de crise?
C.M. – Não, nada disso. É natural que as pessoas pensem isso, apesar de não termos ficado nenhum ano sem tournées. Nunca parámos. Deixámos de aparecer um pouco [nos meios de comunicação social]. Provavelmente voltaremos à carga brevemente, porque estamos a terminar o novo disco. Em Macau, vamos mostrar algumas canções novas.
- O que se pode esperar deste novo disco?
C.M. – Continua a ser na linha do Quinta do Bill. Talvez a maioria das canções estejam mais voltadas para o pop. Não tanto para o folk, mas há canções que são tipicamente nessa linha. São viagens que fazemos ao nível musical e de textos. Mais uma vez convidámos uma série – além do nosso escriba habitual e residente, João Portela – de amigos para escrever letras, nomeadamente o José Luís Peixoto e Miguel Castro. É uma relação que temos desde o último disco e que achamos muito interessante.
- Como surge o convite para vir a Macau?
C.M. – Foi um contacto de alguém que já trabalhou várias vezes aí e que é um excelente músico, o José Salgueiro. A iniciativa vem dele.
- No Festival da Lusofonia vão tocar algumas músicas do álbum novo. Será, por isso, uma estreia absoluta?
C.M. – Sim, vai ser uma estreia. Claro que vamos também revisitar as músicas antigas mais conhecidas.
- É a primeira vez na Ásia?
C.M. – É. Estou particularmente ansioso, porque é a primeira vez que vou à Ásia. Já conheço a América, África, Europa, falta a Ásia e a Oceânia.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Dia Mundial da Música

DIA MUNDIAL da MÚSICA - 1 OUT.
"Porque a Música penetra mais fundo na alma humana." PLATÃO
"2 Milhões de história humana desenvolveram olhos com pálpebras, mas ouvidos sempre abertos. É o primeiro dos sentidos que desenvolvemos, pois ao 3.º mês de concepção já o bebé tem o seu aparelho auditivo acabado. É pelos ouvidos que tomamos o primeiro contacto com o mundo exterior, e é pelos ouvidos que se conhecem pai e mãe com as vozes que inundam o caldo do ventre materno. A poesia dos sons embala-nos desde o berço, amniótico ou de palhinha, seja por caixas de música electrónicas, ou pela voz emocionada de mães e avós.
Não importa procurar definir o que é, porque para cada um de nós a Música é sempre alguma coisa. Diferente dum esquimó para um filarmónico português, é certo, mas permitindo a comunicação entre cristão e muçulmanos, africanos e americanos, profissionais e amadores, crianças e avós. Mesmo em povos para os quais não existe a palavra Música, e são muitos, tal é o lugar indissociável que tem nas funções que lhes dão o nome, estrutura muitos dos rituais comunitários e atravessa todo o sistema educativo. Porquê educar pela e com a Música? Platão, muito antes de qualquer técnica de marketing ou investigação musicoterapeutica, responde de forma simples: Porque a Música penetra mais fundo na alma humana.
Porque muito antes de os homens organizarem os sons, os sons organizaram os homens.
Hoje, não deixe de ouvir um tema musical que lhe seja particularmente querido. Mas não o faça colocando o CD e lendo o jornal ou fazendo o jantar. Sente-se só para ouvir. E se tiver coragem, o melhor mesmo é cantar uma canção. Para si ou para quem lhe estiver mais próximo.
(excerto de Opinião - por Paulo Lameiro)"

Fonte: http://paparocadoce.weblog.com.pt/arquivo/153745.html

Aqui fica uma sugestão de tema musical: